terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

7ª Encontro do Gestar II na Escola Pe. Nicolau Pimentel Limoeiro PE

Realizamos o 7º Encontro do Gestar II no dia 20 de novembro de 2009.
Durante o mês de outubro não foi possível realizarmos nenhum encontro do Gestar II, a quebra da sequência de encontros desmotivou alguns cursitas.Todavia recebemos mais 14 professores ( da turma 3), a professora Rinalda Arruda não pode mais continuar, daí decidimos unir as turmas para que tais professores não fossem prejudicados. Parte deles ficaram em nossa turma e a outra parte está com a professora Maria José Barros.

  

No primeiro momento do dia, convidamos a todos para um encontro de esclarecimentoe fazermos os encaminhamentos quanto aos novos procedimentos. Eis o momento:

Prof. Lúcia Laureano , coodenadora do Gestar II

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Cursistas atentos às explicações da coodenadora

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Após as explicações apresentadas pela coordenadora do Programa Gestar II na Regional vale do Capibaribe, professora Lúcia Laureano e com as inferências das formadoras Laise Amorim e Maria José barros, as turmas foram conduzidas às suas salas .Percebemos uma certa inquietação por parte de alguns professores porém à medida que as explicações eram dadas , essa ansiedade foi se desfazendo.

Iniciamos o encontro dando as boas vindas em especial aos que se juntaram a nós, fizemos a leitura e o cântico da música Gentileza, cantada por Mariza Monte. Em seguida apresentamos a origem da música e solicitamos que cada um realizasse um gesto de gentileza para com o colega mais próximo. Afinal, gentileza gera gentileza. Foi um momento muito agradável de paz, confraternização e alegria.

Profeta Gentileza

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Em seguida recolhemos os relatórios dos Avançando na Prática e relembramos o que os cursistas precisam realizar no momento à distância em relação a: estudo pessoal, atividades com os alunos ( dos AAAs e TP – Avançando na Prática), postagem no blog.

Em seguida fizemos a introdução da Unidade 4 do PT 1 através de uma conversa informal sobre as influências que a mídia, as pessoas exercem sobre nós e como nós reagimos a essas influências e de que maneira nós também influenciamos os outros. Houve um momento de citações por parte de alguns cursitas. Em seguida distribuímos alguns envelopes com vários textos verbais e não verbais para que os cursitas percebessem o “diálogo “, a “conversa” que existe entre o texto em apreço e o original . Foi um momento rico de troca de experiências .Observem as fotos:

Cristina Portela e João Aires

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EriKa e Eronita

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Verônica atenta à fala de Milton

Continuamos estudando os processos intertextuais que os envolvem: paráfrase, paródia, pastiche além dos processos pontuais como citação, epígrafe, referência e alusão.

Ainda fizemos referência ao Ponto de Vista.

Para focalizar a intertextualidade propomos a leitura do texto “ A Moça Tecelã” Mariza Colassanti) , em seguida a turma foi dividida em grupo. Cada grupo ficou responsável para:

  1. Fazer uma Seqüência didática usando a Intertextualidade,
  2. Fazer a reescrita do texto , do ponto de vista feminino, utilizando o gênero carta
  3. Fazer a reescrita do texto, do ponto de vista masculino, utilizando o gênero cordel

4. Fazer a reescrita do texto, do ponto de vista do narrador, usando o gênero fábula

5 . Fazer a reescrita do texto do ponto de vista de outra mulher, usando o gênero.

fofoca.

Após as produções segui-se o momento de socialização (os textos produzidos encontram-se a baixo).

Artine apresentando o Cordel

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Eronita apresentando a Fábula a Aranha e a Sanguessuga

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Maria Gomes, Elizabeth e Joseilda – Seqüência didática usando a intertextualidade.

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Em seguida demos alguns avisos e informes e passamos a exibir o filem Narradores de Javé, após a exibição os cursistas por grupo de escolas responderam as questões para análise do filma:

1.O que significa fazer o papel de escriba?

2.Qual o papel do escriba naquela comunidade?

3.Analise os traços de oralidade daquela comunidade.

4. Analise o processo de construção de escrita do personagem que faz o papel de escriba.

5. Qual a relação entre oralidade e escrita?

6. Analise as práticas de letramento daquela comunidade.

7. Como você percebe a relação entre ser alfabetizado e ser letrado no contexto do filme?

8. Em que atividades práticas, no contexto da sala de aula, você exerce o papel de escriba?

9. Qual a importância do escriba na construção da leitura e da escrita?

Após recolhimento das respostas, fizemos a avaliação do encontro e o demos por encerrado.

A avaliação foi baseada nas seguintes perguntas:

1. O que mais me chamou atenção no encontro de hoje?

  • Apresentação dos trabalhos de grupo baseado no texto “A Moça Tecelã”;
  • O filme Narradores de Javé;
  • A música Gentileza de Marisa Monte;
  • A criatividade dos professores na produção de textos usando a intertextualidade;

2. Que desafios levo para meu trabalho?

  • Desenvolver um trabalho da melhor forma possível diante das limitações no processo ensino aprendizagem;
  • A prática da escrita e fazê-los entender a importância da mesma na vida social;
  • Fazer das aulas um espaço de construção onde aprendizagem flua naturalmente;
  • Mostrar aos alunos a importância da leitura e escrita;
  • Fazer um trabalho voltado para o desenvolvimento do estudante;

Produções realizads pelos cursitas

Comando: Elabore uma Oficina de Reescrita Textual , usando o Gênero Carta.( baseado no texto A moça Tecelã de Mariza Colassanti)

   Limoeiro, 20 de novembro de 2009.

                                       Querido Fernando, tudo bem?

Resolvi tecer um amigo com o qual pudesse me comunicar e desabafar os últimos acontecimentos ocorridos em minha vida.

Numa destas manhãs de tear, a solidão bateu em minha casa em uma das janelas. Sonhei com um companheiro tecendo-o em meu coração, em seguida, fui mais além, sonhando com filhos que não pude tecer devido às ambições do meu companheiro ao descobrir o poder do meu tear.

Pois, o tal me fez escrava, passando a tecer apenas meus sonhos, esquecendo de mim mesma, fiquei aprisionada por minha própria criação.

Nem tudo na vida podemos desmanchar, mas por sorte o meu destino está nos pentes do meu tear. Desmanchei na madrugada tudo que teci, acreditando ser belo e satisfatório a minha vida e descobri que belo é o que temos e muitas vezes não valorizamos. Destruí castelos e bens, descobrindo que para ser feliz, não precisamos de outras pessoas, mas depende dos fios que tecem o nosso amor.

                                                             Atenciosamente,

                                                                     A tecelã

Realizada por: Fábia, Ivaneide, Grinaura,Milton e Verônica

Comando: Elabore uma Oficina de Reescrita Textual do Ponto de Vista do Homem usando o Gênero Cordel.( baseado no texto A moça Tecelã de Mariza Colassanti)

                                        Moço bonito,moderno e descolado

Moço bonito,moderno e descolado

Não importa se é prendado ou estudado

A moça diz: é meu

Oh! Presente o destino me deu.

- Vamos curtir,vamos pra balada

Em pouco tempo já estava casada

- Vamos curtir, vamos pra balada

- Deixe disso mulher, isso é coisa de desocupada.

O tempo passou.

A situação piorou, ficou delicada

Moço bonito,moderno e descolado

Deita na cama e vira de lado

Já não se sentia mais desejado

- Vamos curtir, vamos pra balada.

Se saíam juntos, só de cara fechada

Não brincavam, nem se divertiam

O amor de antes já não sentiam

Agora só ele quem sai pra beber e se soltar

A mulher fica sem dormir

E na cama começa a chorar

O tempo passou.

O sonho voou

Deixou a ilusão

Não tinha outra solução

O casamento acabou

Quando num cartório

O papel da separação

O tabelião assinou.

 
 

Produção construída por:Cristina Portela, Carmem Lúcia, Artine José, Ana Lúcia Silva, Edeny Vasconcelos

 
 

Comando: Elabore uma Oficina de Reescrita Textual do Ponto de Vista do Narrador , usando o Gênero Fábula.( baseado no texto A moça Tecelã de Mariza Colassanti)

Era uma vez uma aranha que vivia a tecer belas teias de tudo que ela precisava.Tinha uma vida tranqüila. Perto de onde trabalhava havia um bichinho chamado sanguessuga deitado sobre uma pedra, só na mordomia. A aranha percebeu que o bichinho vivia sozinho também e resolveu imediatamente tecer o seu companheiro com muito carinho e capricho.

Aos poucos o sanguessuga foi aparecendo tão formoso quanto um príncipe . De repente, houve uma batida na porta e sem se anunciar entrou na sua vida.E neste dia, sonhou com filhos que teceria para a sua maior felicidade.

Foi feliz durante muito tempo até que o homem na sua ambição queria todas as coisas que o tear podia lhe dar e foi assim que esqueceu os filhos que a aranha podia ter. A casa foi tecida e tão colorida quanto os quadros de Romero Britto. Mas sua ambição crescia e ele queria mais e mais. A casa seria um palácio. A aranha teve trabalho dobrado e não tinha tempo para descansar.

O ambicioso sanguessuga não parava de tecer e exausta teve saudade de sua solidão e de repente mais que de repente começou a desfazer seu tecido.Desteceu o desejo do sanguessuga e novamente se viu na sua casa pequena, e sozinha finalmente conseguiu sorrir para o mundo

Ao final da noite ela já desfazia o desenho dos sapatos escuros do marido impedindo-o de se levantar. E, apressadamente a aranha desfazia todo o seu desenho. Com o sol nascente ela escolheu uma linha clara tecendo assim a luz além do horizonte

Moral da história: “ Antes só do que mal acompanhada”

Construção realizada pelo Rosanea Santos,Leila Lima,João Batista Mendonça,Eronita Cavalcanti,Érika Simonne Silva

Comando: Elabore uma Oficina de Reescrita Textual do Ponto de Vista da Mulher , usando o Gênero Fofoca.( baseado no texto A moça Tecelã de Mariza Colassanti)

Mai tá veno tu muié

Aquela pobe Isabé

Sonho tanto em si casá

Qui chegô a dirmaiá

Poi depoi da ilusão

Das coisa quela fazia

A pobe ficô na mão

Sem te mais aligria

Eu e tu é que é filiz

Nem sonho, nem ilusão

Isso a gente num quis

Nem ficar na escuridão

Ela tanto que sonho

Até palácio construiu

Tudo isso dealizô

O home veio e num viu.

Todo trabai foi em vão

Nada pra ela sirviu

Tomo sua decisão

Qui aquela situação

Tinha mermo qui acabá

Pois o proveito não viu

Diante do qui ela montô

Se sintiu na obrigação

Qui aquela disilusão

Fria ali terminá.

Começo a dismanxá

Toda sua constução

Não se preocupô com as riqueza

Prifiriu a solidão.

Isso servi pra eu e tu

Dá valo a ficar só

E pará com nossa língua

Pra ser pessoa mio

Se não vamo fica como ela

E morrê no caritó.

Construído por: Ana Lucia Oliveira, Vera Lúcia Barros, Valéria Lira, Luciano Machado e Aledissandro Almeida