Realizamos o 7º Encontro do Gestar II no dia 20 de novembro de 2009.
Durante o mês de outubro não foi possível realizarmos nenhum encontro do Gestar II, a quebra da sequência de encontros desmotivou alguns cursitas.Todavia recebemos mais 14 professores ( da turma 3), a professora Rinalda Arruda não pode mais continuar, daí decidimos unir as turmas para que tais professores não fossem prejudicados. Parte deles ficaram em nossa turma e a outra parte está com a professora Maria José Barros.
No primeiro momento do dia, convidamos a todos para um encontro de esclarecimentoe fazermos os encaminhamentos quanto aos novos procedimentos. Eis o momento:
Prof. Lúcia Laureano , coodenadora do Gestar II
Cursistas atentos às explicações da coodenadora
Após as explicações apresentadas pela coordenadora do Programa Gestar II na Regional vale do Capibaribe, professora Lúcia Laureano e com as inferências das formadoras Laise Amorim e Maria José barros, as turmas foram conduzidas às suas salas .Percebemos uma certa inquietação por parte de alguns professores porém à medida que as explicações eram dadas , essa ansiedade foi se desfazendo.
Iniciamos o encontro dando as boas vindas em especial aos que se juntaram a nós, fizemos a leitura e o cântico da música Gentileza, cantada por Mariza Monte. Em seguida apresentamos a origem da música e solicitamos que cada um realizasse um gesto de gentileza para com o colega mais próximo. Afinal, gentileza gera gentileza. Foi um momento muito agradável de paz, confraternização e alegria.
Profeta Gentileza
Em seguida recolhemos os relatórios dos Avançando na Prática e relembramos o que os cursistas precisam realizar no momento à distância em relação a: estudo pessoal, atividades com os alunos ( dos AAAs e TP – Avançando na Prática), postagem no blog.
Em seguida fizemos a introdução da Unidade 4 do PT 1 através de uma conversa informal sobre as influências que a mídia, as pessoas exercem sobre nós e como nós reagimos a essas influências e de que maneira nós também influenciamos os outros. Houve um momento de citações por parte de alguns cursitas. Em seguida distribuímos alguns envelopes com vários textos verbais e não verbais para que os cursitas percebessem o “diálogo “, a “conversa” que existe entre o texto em apreço e o original . Foi um momento rico de troca de experiências .Observem as fotos:
Cristina Portela e João Aires
EriKa e Eronita
Verônica atenta à fala de Milton
Continuamos estudando os processos intertextuais que os envolvem: paráfrase, paródia, pastiche além dos processos pontuais como citação, epígrafe, referência e alusão.
Ainda fizemos referência ao Ponto de Vista.
Para focalizar a intertextualidade propomos a leitura do texto “ A Moça Tecelã” Mariza Colassanti) , em seguida a turma foi dividida em grupo. Cada grupo ficou responsável para:
- Fazer uma Seqüência didática usando a Intertextualidade,
- Fazer a reescrita do texto , do ponto de vista feminino, utilizando o gênero carta
- Fazer a reescrita do texto, do ponto de vista masculino, utilizando o gênero cordel
4. Fazer a reescrita do texto, do ponto de vista do narrador, usando o gênero fábula
5 . Fazer a reescrita do texto do ponto de vista de outra mulher, usando o gênero.
fofoca.
Após as produções segui-se o momento de socialização (os textos produzidos encontram-se a baixo).
Artine apresentando o Cordel

Eronita apresentando a Fábula a Aranha e a Sanguessuga
Maria Gomes, Elizabeth e Joseilda – Seqüência didática usando a intertextualidade.
Em seguida demos alguns avisos e informes e passamos a exibir o filem Narradores de Javé, após a exibição os cursistas por grupo de escolas responderam as questões para análise do filma:
1.O que significa fazer o papel de escriba?
2.Qual o papel do escriba naquela comunidade?
3.Analise os traços de oralidade daquela comunidade.
4. Analise o processo de construção de escrita do personagem que faz o papel de escriba.
5. Qual a relação entre oralidade e escrita?
6. Analise as práticas de letramento daquela comunidade.
7. Como você percebe a relação entre ser alfabetizado e ser letrado no contexto do filme?
8. Em que atividades práticas, no contexto da sala de aula, você exerce o papel de escriba?
9. Qual a importância do escriba na construção da leitura e da escrita?
Após recolhimento das respostas, fizemos a avaliação do encontro e o demos por encerrado.
A avaliação foi baseada nas seguintes perguntas:
1. O que mais me chamou atenção no encontro de hoje?
- Apresentação dos trabalhos de grupo baseado no texto “A Moça Tecelã”;
- O filme Narradores de Javé;
- A música Gentileza de Marisa Monte;
- A criatividade dos professores na produção de textos usando a intertextualidade;
2. Que desafios levo para meu trabalho?
- Desenvolver um trabalho da melhor forma possível diante das limitações no processo ensino aprendizagem;
- A prática da escrita e fazê-los entender a importância da mesma na vida social;
- Fazer das aulas um espaço de construção onde aprendizagem flua naturalmente;
- Mostrar aos alunos a importância da leitura e escrita;
- Fazer um trabalho voltado para o desenvolvimento do estudante;
Produções realizads pelos cursitas
Comando: Elabore uma Oficina de Reescrita Textual , usando o Gênero Carta.( baseado no texto A moça Tecelã de Mariza Colassanti)
Limoeiro, 20 de novembro de 2009.
Querido Fernando, tudo bem?
Resolvi tecer um amigo com o qual pudesse me comunicar e desabafar os últimos acontecimentos ocorridos em minha vida.
Numa destas manhãs de tear, a solidão bateu em minha casa em uma das janelas. Sonhei com um companheiro tecendo-o em meu coração, em seguida, fui mais além, sonhando com filhos que não pude tecer devido às ambições do meu companheiro ao descobrir o poder do meu tear.
Pois, o tal me fez escrava, passando a tecer apenas meus sonhos, esquecendo de mim mesma, fiquei aprisionada por minha própria criação.
Nem tudo na vida podemos desmanchar, mas por sorte o meu destino está nos pentes do meu tear. Desmanchei na madrugada tudo que teci, acreditando ser belo e satisfatório a minha vida e descobri que belo é o que temos e muitas vezes não valorizamos. Destruí castelos e bens, descobrindo que para ser feliz, não precisamos de outras pessoas, mas depende dos fios que tecem o nosso amor.
Atenciosamente,
A tecelã
Comando: Elabore uma Oficina de Reescrita Textual do Ponto de Vista do Homem usando o Gênero Cordel.( baseado no texto A moça Tecelã de Mariza Colassanti)
Moço bonito,moderno e descolado
Moço bonito,moderno e descolado
Não importa se é prendado ou estudado
A moça diz: é meu
Oh! Presente o destino me deu.
- Vamos curtir,vamos pra balada
Em pouco tempo já estava casada
- Vamos curtir, vamos pra balada
- Deixe disso mulher, isso é coisa de desocupada.
O tempo passou.
A situação piorou, ficou delicada
Moço bonito,moderno e descolado
Deita na cama e vira de lado
Já não se sentia mais desejado
- Vamos curtir, vamos pra balada.
Se saíam juntos, só de cara fechada
Não brincavam, nem se divertiam
O amor de antes já não sentiam
Agora só ele quem sai pra beber e se soltar
A mulher fica sem dormir
E na cama começa a chorar
O tempo passou.
O sonho voou
Deixou a ilusão
Não tinha outra solução
O casamento acabou
Quando num cartório
O papel da separação
O tabelião assinou.
Produção construída por:Cristina Portela, Carmem Lúcia, Artine José, Ana Lúcia Silva, Edeny Vasconcelos
Comando: Elabore uma Oficina de Reescrita Textual do Ponto de Vista do Narrador , usando o Gênero Fábula.( baseado no texto A moça Tecelã de Mariza Colassanti)
Era uma vez uma aranha que vivia a tecer belas teias de tudo que ela precisava.Tinha uma vida tranqüila. Perto de onde trabalhava havia um bichinho chamado sanguessuga deitado sobre uma pedra, só na mordomia. A aranha percebeu que o bichinho vivia sozinho também e resolveu imediatamente tecer o seu companheiro com muito carinho e capricho.
Aos poucos o sanguessuga foi aparecendo tão formoso quanto um príncipe . De repente, houve uma batida na porta e sem se anunciar entrou na sua vida.E neste dia, sonhou com filhos que teceria para a sua maior felicidade.
Foi feliz durante muito tempo até que o homem na sua ambição queria todas as coisas que o tear podia lhe dar e foi assim que esqueceu os filhos que a aranha podia ter. A casa foi tecida e tão colorida quanto os quadros de Romero Britto. Mas sua ambição crescia e ele queria mais e mais. A casa seria um palácio. A aranha teve trabalho dobrado e não tinha tempo para descansar.
O ambicioso sanguessuga não parava de tecer e exausta teve saudade de sua solidão e de repente mais que de repente começou a desfazer seu tecido.Desteceu o desejo do sanguessuga e novamente se viu na sua casa pequena, e sozinha finalmente conseguiu sorrir para o mundo
Ao final da noite ela já desfazia o desenho dos sapatos escuros do marido impedindo-o de se levantar. E, apressadamente a aranha desfazia todo o seu desenho. Com o sol nascente ela escolheu uma linha clara tecendo assim a luz além do horizonte
Moral da história: “ Antes só do que mal acompanhada”
Construção realizada pelo Rosanea Santos,Leila Lima,João Batista Mendonça,Eronita Cavalcanti,Érika Simonne Silva
Comando: Elabore uma Oficina de Reescrita Textual do Ponto de Vista da Mulher , usando o Gênero Fofoca.( baseado no texto A moça Tecelã de Mariza Colassanti)
Mai tá veno tu muié
Aquela pobe Isabé
Sonho tanto em si casá
Qui chegô a dirmaiá
Poi depoi da ilusão
Das coisa quela fazia
A pobe ficô na mão
Sem te mais aligria
Eu e tu é que é filiz
Nem sonho, nem ilusão
Isso a gente num quis
Nem ficar na escuridão
Ela tanto que sonho
Até palácio construiu
Tudo isso dealizô
O home veio e num viu.
Todo trabai foi em vão
Nada pra ela sirviu
Tomo sua decisão
Qui aquela situação
Tinha mermo qui acabá
Pois o proveito não viu
Diante do qui ela montô
Se sintiu na obrigação
Qui aquela disilusão
Fria ali terminá.
Começo a dismanxá
Toda sua constução
Não se preocupô com as riqueza
Prifiriu a solidão.
Isso servi pra eu e tu
Dá valo a ficar só
E pará com nossa língua
Pra ser pessoa mio
Se não vamo fica como ela
E morrê no caritó.
Construído por: Ana Lucia Oliveira, Vera Lúcia Barros, Valéria Lira, Luciano Machado e Aledissandro Almeida